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A maldição - Afonso Lopes de Almeida

(1/1)

udrako:
Maldita sejas tu, mulher querida
Tu, que ao repouso antigo me tiraste
e a minha alma de ingênuo deslumbraste
com o falso brilho de uma nova vida!

Maldita seja a boca apetecida
onde a sede de amor me saciaste,
taça em que de teus beijos me ofertaste
a capitosa e pérfida bebida!

Maldito seja o amor em que me enlaço
consciente, abandonando o meu descanso
minha antiga ventura, e minha paz!

Malditas, as palavras que disseste!
Maldito, o longo beijo que me deste
e este pungente gozo que me dás!

Dude:

Stützel:
Legal!!

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