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A Visão - Alfred de Musset

(1/1)

udrako:
O nosso pai é o teu, amigo.
Não sou quem guarda do perigo
Nem o mau destino dos homens.
Esses que amo, não sei bem
Qual é a sina que eles têm
Por essa lama onde ainda somos.
Eu não sou deus nem sou demônio.
E me doaste o nome idôneo
Ao por irmão me nomear.
Irei contigo aonde fores,
Até o fim de tuas dores
E em tua tumba hei de pousar.
O céu me confiou teu ser.
Quando estiveres a sofrer,
Vem a mim, sem inquietação.
Te seguirei em teu degredo;
Mas nem posso tocar-te o dedo,
Amigo: eu sou a Solidão.

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