Barbear Clássico
Café Central => Literatura => Topic started by: udrako on December 17, 2014, 09:43:22 pm
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Entre brumas ao longe surge a aurora,
O hialino orvalho aos poucos se evapora,
Agoniza o arrebol.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu risonho
Toda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
O astro glorioso segue a eterna estrada.
Uma áurea seta lhe cintila em cada
Refulgente raio de luz.
A catedral ebúrnea do meu sonho,
Onde os meus olhos tão cansados ponho,
Recebe a bênção de Jesus.
E o sino clama em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
Por entre lírios e lilases desce
A tarde esquiva: amargurada prece
Põe-se a luz a rezar.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Aparece na paz do céu tristonho
Toda branca de luar.
E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
O céu é todo trevas: o vento uiva.
Do relâmpago a cabeleira ruiva
Vem açoitar o rosto meu.
A catedral ebúrnea do meu sonho
Afunda-se no caos do céu medonho
Como um astro que já morreu.
E o sino chora em lúgubres responsos:
"Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!"
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Um pouco pesado este poema, e para meu gosto pessoal, mas tb aqui YMMV... ;D
Agora que falamos de 'Catedral', ocorreu-me esse grande livro de Vargas Llosa: "Conversa na Catedral".Uma obra-prima que recomendaria para o sapatinho nestas festas... ;)
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Este do Vargas ainda não li
Uma boa idéia :)
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Grande poema da época do simbolismo na literatura brasileira... Lembro-me que estudei-o no colégio
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Esse livro do Vargas é um dos melhores que já li