Barbear Clássico
Material => Navalhas => Topic started by: Samir on March 24, 2015, 08:35:34 pm
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Confrades, algumas curiosidades que creio que os amigos conhecem, caso não ai vai:
No século XIX e até o XX, por contato com barbeiros e outras figuras (vale lembrar que cada quarteirão do centro do Rio tinha pelo menos uma barbearia) os negros capoeiristas tiveram contato com a navalha e a usavam em ataques e lutas, utilizavam-nas com o pé, entre os dedos do pé aplicando golpes (Século XIX) !!!
Os Marinheiros também as tinham, eram comum usá-las, chamavam-na também de "Sardinha" e o golpe contra a barriga do oponente de fora a abrir ao meio era chamada de "corta jaca".
Até hoje a navalha é utilizada no ritual do Candomblé (religião espírita africana), em diversas situações, em obrigações são aberta as curas com a navalha, na sexta-feira santa também são abertas curas, e os Yawos, recém-iniciados tem o cabelo do Ori (da cabeça) toda raspada por navalha, pelas mãos do Pai ou Mãe de Santo.
Apenas umas considerações histórica !
Abraços.
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Caro Samir,
Há vídeos de lutas de capoeira com navalha. Já postei um, inclusive. http://www.barbearclassico.com/index.php?topic=695.msg6582#msg6582
http://www.barbearclassico.com/index.php?topic=2061.msg45551#msg45551
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Show JL !!!
Os capoeirista formavam gangues ou grupos no Centro do Rio, na verdade não eram gangues eram chamadas de Maltas, como os Guaiamuns. E haviam seus territórios...do Campo Santana a Pça XV, na Lapa, na região do porto..enfim..é um pouco que sei e creio que confere !
T:.F:.A !
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Creio que muitos confrades já ouviram falar de Gilberto Freire: Sobrados e Mucambos.
""...Às vezes havia negro navalhado; moleque com os intestinos de fora que uma rede branca vinha buscar (as redes vermelhas eram para os feridos;
as brancas para os mortos). Porque as procissões com banda de música tornaram-se o ponto de encontro dos capoeiras, curioso tipo de negro ou
mulato de cidade, correspondendo ao dos capangas e cabras dos engenhos. O forte do capoeira era a navalha ou a faca de ponta; sua gabolice, a do
pixaim penteado em trunfa, a da sandália na ponta do pé quase de dançarino e a do modo desengonçado de andar. A capoeiragem incluía, além disso,
uma série de passos difíceis e de agilidades quase incríveis de corpo, nas quais o malandro de rua se iniciava como que maçonicamente. Voltaremos à
figura do capoeira - tão típica das cidades do Brasil quanto a do capanga ou a do cabra, dos engenhos e das fazendas - em capítulo seguinte."""
Sobrados e Mucambos – Gilberto Freyre – 3ª ONHB – 2011- Prof. Ive