Barbear Clássico

Material => Faça você mesmo => Manutenção e Restauro => Topic started by: Fitzpatrick on May 28, 2014, 11:11:03 pm

Title: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on May 28, 2014, 11:11:03 pm
Amigos tenho uma Gilette linda e antiga para recuperar e precisava de umas dicas como, queria postar umas fotos desta beauty para partilhar convosco mas não consigo. Alguém pode dar uma ajuda com as fotos e recuperação?

(http://i59.tinypic.com/8yw26c.jpg)

(http://i61.tinypic.com/2ujnko7.jpg)

(http://i60.tinypic.com/jpyidc.jpg)

As fotos tirei com o iphone (espero que se veja bem) e tirei juntamente com a Wilkinson Classic para verem o tamanhinho da maquina
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Gago on May 28, 2014, 11:13:13 pm
Como inserir fotos, vê aqui: http://www.barbearclassico.com/index.php?topic=1961.0 (botão de pesquisa é teu amigo)

Como recuperar a bendita... bem, aí depende de que tipo de dano ela apresenta, mas tópicos de restaurações é o que não faltam aqui na guia "faça você mesmo".

 ;)
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on May 28, 2014, 11:53:54 pm
Muito obrigado Gago pela ajuda  ;D
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: FatSlim on May 29, 2014, 12:34:28 am
Revestimento parece todo picado na tampa do cabeçal.
Adiante, uma boa limpeza primeiro que tudo com detergente de loiça e uma escova de dentes velha, mas acho que o que referi só com um novo revestimento.
Title: Uma Gilette para recuperar
Post by: lamina on May 29, 2014, 02:25:07 am


Uma Tech em metal, portanto... Escova velha e dentifrico branco e vai de polir... :)

Se o revestimento do cabeçal não "agredir" na face siga; se agredir, recromagem
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on May 29, 2014, 06:56:01 am
Será que me podem dar mais informações sobre esta máquina?

Uma recromagem será muito cara?
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: FatSlim on May 29, 2014, 09:52:14 am
Isso e uma Tech de cabo de alumínio. Deve ser do UK mas podes confirmar na base. São máquinas muito comuns, honestas e que dão um bom escanhoado.
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on May 29, 2014, 10:16:00 am
@Fatslim

Já estive a ler alguma coisa sobre a menina e pelo que parece é das melhores máquinas para principiantes.
Quanto à recromagem onde se faz isso e quanto iria mais ou menos custar? Eu é mais por ela pertencer ao meu velhote que gostava de a ver recuperada, pois para mim já encomendei um Edwin e uma Muehle ;-)
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Rui Alexandre on May 29, 2014, 10:29:30 am
Caro,

O melhor abrasiso para polir essa maquina é o carburundum. Após isto uma Niquelagem.

cumps
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: FatSlim on May 29, 2014, 11:44:04 am
@Fatslim

Já estive a ler alguma coisa sobre a menina e pelo que parece é das melhores máquinas para principiantes.
Quanto à recromagem onde se faz isso e quanto iria mais ou menos custar? Eu é mais por ela pertencer ao meu velhote que gostava de a ver recuperada, pois para mim já encomendei um Edwin e uma Muehle ;-)

Sim é uma boa máquina para começar, dá bons escanhoados mas o cabo muito curto pode não ser do agrado de todos. Sobre recromagem, o revestimento original é mais níquel se não estou em erro, mas tirando um serviço especializado no estrangeiro que sinceramente não compensa o baixo valor destas máquinas, só se fores a uma oficina auto especializada e pedires para eles fazerem isso. Não sei se o cabo pode ser tratado visto ser alumínio.

Vê la se te safas http://autocromagem.pt/pt
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: oversaturn on May 29, 2014, 12:03:43 pm
^^ O que o fatSlim disse.
O revestimento original do cabeçal dessas máquinas sim que é níquel. Mais durável que o crómio, se o trabalho for bem feito. O cabo é alumínio. Pelo logo, parece-me dos anos 60, de fabrico inglês ou talvez alemão.

Mesmo numa oficina de cromagem/niquelagem arriscas a pagar mais pelo serviço que o próprio valor da máquina. No entanto, como tem valor sentimental, pode muito bem valer a pena.
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on May 29, 2014, 02:25:05 pm
Confrades obrigado pelas rwspostas , mandei email para a autocromagem fico a aguardar resposta.
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Gago on May 29, 2014, 04:37:29 pm
Essas tech de alumínio são bastante suaves. (bem, todas as Gillette são) Proporcionam um escanhoado agradável, sobretudo aos iniciantes. É também uma bela máquina para se levar em viagens ou deixar na pasta, pelo pequeno tamanho e desmontada ocupa quase espaço nenhum.

O lado ruim é; revestir isso custa mais do que outra em bom estado. Felizmente se acha dessas por valores razoáveis no ebay. Se tem valor sentimental pra ti, viva. Se não, eu recomendava usa-la assim como está, que não influencia em nada o barbear (Apenas limpava, como os colegas mencionaram; escova + dentrífico e depois algodão de polimento (que não é igual ao hidrófilo) + Silvo. [ou congênere]) e mais tarde avançava pra outra máquina.  ;)
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: edulpj on May 29, 2014, 11:26:14 pm
Quem trabalha pesado é o níquel e quem leva a fama é o cromo... O banho, na verdade, é feito em TRÊS ou QUATRO camadas...

Se o material for cobre ou uma de suas ligas (bronze ou latão), são três banhos. Se o material for ferroso, são quatro banhos.

O primeiro banho, é a COBREAÇÃO. Uma fina camada de cobre é eletrodepositada sobre o material para "ancorar" a segunda camada.

O segundo banho, é o NÍQUEL ÁCIDO. Uma camada mais encorpada de níquel é eletrodepositada sobre o material cobreado através de banho de eletrólito de BAIXO pH.

O terceiro banho, é o NÍQUEL ALCALINO. Outra camada de níquel é eletrodepositada sobre a primeira através de banho de eletrólito de ALTO pH.

Até aí, temos uma bela camada de níquel neutralizada, mas ainda é necessário APASSIVAR a cobertura para garantir sua durabilidade. É aí que entra o quarto banho eletrolítico, que é o banho de CROMO. O banho de cromo é extremamente rápido (raramente passa de vinte segundos) e a camada depositada é finíssima.

Os antigos aparelhos Gillette, eram feitos de LATÃO (liga cobre-zinco) e PROVAVELMENTE recebiam apenas os dois banhos de níquel e o banho apassivador de cromo.

Mas por mais espessas que sejam as camadas, é bom lembrar que uma peça só exibirá um belo e liso brilho, se for EXTREMAMENTE POLIDA antes do banho. Se a superfície estiver rugosa, o níquel também ficará rugoso e a beleza da peça será seriamente comprometida.

O grande problema de polimentos extremos, é que eles freqüentemente "MATAM" a peça, ou seja, chegam a eliminar marcas importantes impressas no material.

Re-niquelar, só é viável se o polimento não destruir marcas nem "matar" cantos vivos...
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: FML on May 30, 2014, 12:27:53 am
Segundo sei as Gillette só são niqueladas, não têm cromio. Quando muito têm ouro, prata ou ródio sobre o níquel.
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: edulpj on May 30, 2014, 12:57:29 am
Um banho de níquel sem apassivamento, não duraria nem um terço do tempo que um aparelho DE dura..
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: FML on May 30, 2014, 01:05:12 am
Um banho de níquel sem apassivamento, não duraria nem um terço do tempo que um aparelho DE dura..

Eu não percebo nada disto, o que li algures foi que o níquel resistia à corrosão e o crómio à tração e sei que são vendidas máquinas (mesmo o mesmo modelo de máquina) que dizem ser umas níqueladas e outras cromadas. Será que têm umas mais crómio que as outras, ou têm outro tipo de proteção?
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on May 30, 2014, 08:39:25 am
Eu tenho quase a certeza absoluta que algures existe uma casa especializada em trabalhos deste de recuperação, isto são peças que contam a nossa historia e faz todo manter-mos e recuperarmos estas relíquias.
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: edulpj on May 30, 2014, 04:34:16 pm
Eu não percebo nada disto, o que li algures foi que o níquel resistia à corrosão e o crómio à tração e sei que são vendidas máquinas (mesmo o mesmo modelo de máquina) que dizem ser umas níqueladas e outras cromadas. Será que têm umas mais crómio que as outras, ou têm outro tipo de proteção?

Não sei dizer em antanho, mas atualmente, NÃO EXISTE banho simples de níquel. Não importa se é para-choque de automóvel, se é aparelho de barba, se é torneira, se é farol de motocicleta, todo banho de níquel atualmente, SEM EXCEÇÃO, é apassivado com cromo.

Nem é difícil entender a razão... Quem já se aventurou a furar uma peça metálica de aço carbono, percebeu que este judia muito menos da broca que uma peça de aço inoxidável. O aço inoxidável é aço liga com alguns componentes, mas PRINCIPALMENTE cromo. O cromo tem uma resistência medonha ao desgaste por abrasão. É por essa razão, que a última camada do processo de niquelagem, é feita com cromo. Mas é uma camada bastante tênue. Na maioria dos banhos, não chega a 30 segundos. Mesmo sendo tão tênue, consegue reforçar extremamente as camadas de níquel.

Mas o maior inimigo da niquelagem, não é nem abrasão, nem agressão química. Se observarmos a primeira foto que iniciou este tópico, perceberemos que a "tampa" do aparelho (onde está escrito Gillette em alto relevo), está toda rugosa. Nesses pontos, o revestimento de níquel continua lá, mas mesmo assim a irregularidada da superfície é notória...

Esse processo, COMEÇOU DE DENTRO PRA FORA... Essa corrosão que acontece abaixo da superfície de níquel, ocorre pois a superfície não foi corretamente tratada ANTES de iniciar o banho galvanoplástico. Gordura ou outros tipos de sujeira, interpuseram-se ao material da base (latão no caso) e ao material da cobertura (níquel).

É uma bomba relógio. Demora a explodir, mas quando acontece, pouco pode ser feito. Para re-niquelar a peça, será necessário remover toda a cobertura original. Muitos fazem isso por abrasão, mas o correto é fazer o processo galvanoplástico INVERSO e só depois lixar para remover a rugosidade e polir para devolver a qualidade da superfície. Antes de re-niquelar, a remoção total de gorduras e outros tipos de sujeira, é mandatória se pretende-se que o processo de corrosão de dentro pra fora não volte a ocorrer.

Mas o maior problema no caso da peça em questão, é que esse lixamento/polimento, vai MUITO PROVAVELMENTE atacar a marca Gillette que está em alto relevo na peça. Se não se agir com precisão de relojoeiro, a peça pode ser "matada" e todo o trabalho vai pro ralo...

Já fiz restauração de armas, bicicletas e carros antigos, onde havia profusão de superfícies cromeadas. Na imensa maioria dos casos, não vale a pena re-cromear...

Não é à toa que hoje nenhum fabricante que queira fazer um aparelho DE de alta qualidade vai se meter a usar latão cromeado. Os tops vão optar certamente por aço inoxidável...
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Luís Carlos on May 30, 2014, 05:17:48 pm
Há niquelamento por processo não-eletrolítico também. Nesse caso, se o processo for bem executado, a dureza fica semelhante à do cromo ou, dependendo do tipo de cromeação à qual se compara, até maior. E as irregularidades ficam niveladas, o que pode ser bom ou ruim. Mas é um tratamento de preço bastante elevado. Há uns kits "faça-você-mesmo" à venda. Para quem tiver coragem (e dinheiro à farta) é só pesquisar no Google com o critério "electroless nickel plating kit".
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: edulpj on May 30, 2014, 05:39:00 pm
Há niquelamento por processo não-eletrolítico também. Nesse caso, se o processo for bem executado, a dureza fica semelhante à do cromo ou, dependendo do tipo de cromeação à qual se compara, até maior. E as irregularidades ficam niveladas, o que pode ser bom ou ruim. Mas é um tratamento de preço bastante elevado. Há uns kits "faça-você-mesmo" à venda. Para quem tiver coragem (e dinheiro à farta) é só pesquisar no Google com o critério "electroless nickel plating kit".

Provavelmente você está mencionando o processo denominado PVD... É utilizado atualmente para metalização de alta precisão. A teoria é simples... A peça a ser metalizada é colocada numa câmara de vácuo. O metal de cobertura, SUBLIMA-SE na baixa pressão e seu vapor é depositado sobre a superfície.

PVD, começou a ser utilizado na metalização de refletores de faróis automotivos (sublimação de alumínio no vácuo) e evoluiu para processos mais nobres como DOURAÇÃO de alto padrão.

Apesar da simplicidade teórica, na prática além de complicado, é caríssimo. Hoje, sai muito mais barato fabricar um aparelho de barbear DE em aço inoxidável do que em latão e niquelar posteriormente por PVD. E um aparelho em aço inoxidável, será incomparavelmente melhor que um aparelho em latão...
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: FML on May 30, 2014, 06:55:06 pm
Muito interessante este debate.

O sal também pode criar estes impolões/rugosidade nas peças tratadas com níquel/crómio?

Seria a diferença entre as seguintes máquinas a quantidade de crómio usado no acabamento?
http://www.shaving.ie/products/fatip-grande-nickel.html (http://www.shaving.ie/products/fatip-grande-nickel.html)
http://www.shaving.ie/products/fatip-grande.html (http://www.shaving.ie/products/fatip-grande.html)
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: edulpj on May 30, 2014, 10:16:10 pm
Muito interessante este debate.

O sal também pode criar estes impolões/rugosidade nas peças tratadas com níquel/crómio?

Seria a diferença entre as seguintes máquinas a quantidade de crómio usado no acabamento?
http://www.shaving.ie/products/fatip-grande-nickel.html (http://www.shaving.ie/products/fatip-grande-nickel.html)
http://www.shaving.ie/products/fatip-grande.html (http://www.shaving.ie/products/fatip-grande.html)

As "implosões", só ocorrem se a substância corrosiva conseguir penetrar entre o material base e o revestimento de níquel. Acredito que o grande vilão no caso dos aparelhos DE, seja a química dos sabões/cremes de barbear. A agressão ao material, é lenta e demorada. Leva anos até que o processo seja visível, mas quando aparece, é tarde demais pra tentar fazer algo.

É muito difícil conseguir um processo de cromeação onde não aconteçam corrosões de dentro pra fora. Tem muitos fatores envolvidos. O desengorduramento/desengraxamento da peça antes de iniciar os banhos, é fundamental e muitas vezes é negligenciado pelos niqueladores.

Outra causa de problemas, é a QUALIDADE das soluções dos banhos. Uma empresa de cromeação, DEVERIA parar PELO MENOS um dia por semana, para filtrar e re-balancear a concentração dos banhos. Infelizmente, são poucas as que fazem isso, pois um dia parado, é prejuízo.

Os eletrodos que contém os materiais brutos de cobertura (níquel, cromo etc.), têm um limite de utilização. Muitas empresas ultrapassam esse limite para tentar ganhar mais alguns tostões.

Mas há ainda MAIS UM vilão no caso dos aparelhos DE... Peças grandes são mergulhadas no banho, atadas a arames que são presos na grade distribuidora de corrente galvânica. Esses arames conduzem a corrente para a peça que recebe o banho imóvel. Peças pequenas, recebem a cobertura de maneira diferente. Como seria muito difícil fixar uma a uma nesses arames, elas são niqueladas por TAMBOREAMENTO. Várias peças são colocadas dentro de um tambor metálico perfurado. O tambor é ligado à corrente galvânica, mergulhado dentro do banho e após mergulhado, é posto a girar. As peças recebem a corrente elétrica, quando ENCOSTAM na parede interna do tambor. Mas há instantes, onde as peças não estão em contato e o processo é portanto INTERMITENTE.

Gosto muito de canetas, principalmente as tinteiro. Minhas prediletas, são as canetas totalmente metálicas, em aço inoxidável para ser mais exato. Há alguns fabricantes (exemplo clássico é a Cross), que teimam em fabricar canetas de latão e dar banho de níquel. Não posso levar a sério uma empresa que faça isso em pleno terceiro milênio, onde as tecnologias envolvidas na fabricação de objetos de aço inoxidável são mais do que dominadas pela maioria dos fabricantes.

Já sonhei muito com uma Merkur Futur, mas não vejo com bons olhos toda a complicação mecânica delas. Se fosse gastar dinheiro hoje numa DE, seria um modelo em aço inoxidável com a maior simplicidade mecânica possível. Trocando em miúdos: FEATHER ALL STAINLESS...
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Luís Carlos on May 31, 2014, 12:53:22 am
Provavelmente você está mencionando o processo denominado PVD... É utilizado atualmente para metalização de alta precisão. A teoria é simples... A peça a ser metalizada é colocada numa câmara de vácuo. O metal de cobertura, SUBLIMA-SE na baixa pressão e seu vapor é depositado sobre a superfície.

PVD, começou a ser utilizado na metalização de refletores de faróis automotivos (sublimação de alumínio no vácuo) e evoluiu para processos mais nobres como DOURAÇÃO de alto padrão.

Apesar da simplicidade teórica, na prática além de complicado, é caríssimo. Hoje, sai muito mais barato fabricar um aparelho de barbear DE em aço inoxidável do que em latão e niquelar posteriormente por PVD. E um aparelho em aço inoxidável, será incomparavelmente melhor que um aparelho em latão...

Não tenho certeza, mas acho que é algo um pouco mais simples que isso. A cobertura é feita através da imersão do objeto em uma solução aquosa de um sal de níquel, acrescida de outras substâncias. Não lembro se utiliza eletricidade também (sem eletrólise) ou se o processo é puramente químico, mas é algo que, possuindo os sais necessários, dá para fazer em casa sem a necessidade de aparelhagem especializada.

Quanto aos aparatos feitos ainda em latão + níquel, entendo também que, considerado o custo, e se levadas em consideração apenas a resistência e a proteção contra corrosão vale mais o aço inoxidável. Mas o níquel possui um matiz amarelado que nem o cromo nem o aço inox possuem. Eu considero o acabamento niquelado mais atraente do ponto de vista estético, talvez porque a maioria das coisas que estão em nossa volta tenham acabamento que se aproxima mais do cromo e do aço inox. Uma SR de cromo ou aço inox não teria acabamento muito diferente das torneiras e outros metais que se veem nos banheiros. Mas é uma questão de preferência pessoal. E dependendo do que se trata, a praticidade pode sobrepor às preferência estéticas.
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: oversaturn on May 31, 2014, 01:44:25 am

Já sonhei muito com uma Merkur Futur, mas não vejo com bons olhos toda a complicação mecânica delas. Se fosse gastar dinheiro hoje numa DE, seria um modelo em aço inoxidável com a maior simplicidade mecânica possível. Trocando em miúdos: FEATHER ALL STAINLESS...

Compreendo o teu fascínio por uma Feather All Stainless... Eu sofro do mesmo mal. :P

No entanto, de modo nenhum acho que uma máquina em latão revestido (ou até mesmo uma de zamak + revestimento) seja uma opção menos válida que as de aço inox. Muitas Gillette são bem antigas, são construídas em latão, e continuam em boas condições mesmo após décadas de uso. Até de zamak tenho uma máquina que é do fim dos anos 70 que continua impecável.

Quanto ao processo de recuperação, os bons niqueladores sim, tratam de polir e desengordurar as máquinas antes de fazer o serviço restante. Por exemplo, um deles, o Dave da RestoredRazors (http://www.restoredrazors.com/Safety-Razor-Replating-Services), fazia o "stripping" do revestimento original, polimento inicial, polimento final. Outro exemplo é o Revamp Service da RazorEmporium (http://www.razoremporium.com/razor-revamp-service/)
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: edulpj on June 01, 2014, 02:11:28 pm
Não tenho certeza, mas acho que é algo um pouco mais simples que isso. A cobertura é feita através da imersão do objeto em uma solução aquosa de um sal de níquel, acrescida de outras substâncias. Não lembro se utiliza eletricidade também (sem eletrólise) ou se o processo é puramente químico, mas é algo que, possuindo os sais necessários, dá para fazer em casa sem a necessidade de aparelhagem especializada.

Quanto aos aparatos feitos ainda em latão + níquel, entendo também que, considerado o custo, e se levadas em consideração apenas a resistência e a proteção contra corrosão vale mais o aço inoxidável. Mas o níquel possui um matiz amarelado que nem o cromo nem o aço inox possuem. Eu considero o acabamento niquelado mais atraente do ponto de vista estético, talvez porque a maioria das coisas que estão em nossa volta tenham acabamento que se aproxima mais do cromo e do aço inox. Uma SR de cromo ou aço inox não teria acabamento muito diferente das torneiras e outros metais que se veem nos banheiros. Mas é uma questão de preferência pessoal. E dependendo do que se trata, a praticidade pode sobrepor às preferência estéticas.

Ah! Conheço! Já vi um kit desses... Na verdade, é uma niquelagem TAMBÉM eletrolítica, apenas a corrente elétrica necessária para provocar a migração de partículas metálicas da solução pra superfície da peça, é gerada pela própria reação química.

Mas esse tipo de tratamento, é o que no Brasil denominamos de "quebra-galho", ou seja, um procedimento simples, barato e pouco (ou nada) durável. Aplica-se apenas a casos onde não se espera grandes resultados e/ou onde não se queira gastar muito dinheiro com algo realmente bem feito. Duvido que algum fabricante nos dias de hoje utilize esse processo em escala industrial...
Title: Re: Uma Gilette para recuperar
Post by: Fitzpatrick on July 17, 2014, 07:57:00 am
Amigos ao que parece encontrei através do OLX uma firma em Braga que faz este tipo de trabalhos, pedi um orçamento e o bacano disse que podia rondar os 20/25€ mas que pode ser menos, isto com portos de envio fica um bocado caro, estou à espera de mais duas respostas.
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