Penso que essa característica (deslize mais reduzido) vem da opção tradicional por sabões vegetais em França.
Hoje em dia os sabões vegetais têm um deslize perfeitamente comparável aos de sebo, graças a coisas exóticas como manteiga de karite e outras gorduras vegetais. Mas no passado não era assim, e os sabões vegetais tinham um deslize suficiente (em minha opinião!), mas que ficava aquém dos de sebo ou lanolina.
Para ser sincero, num uso diário, um sabão francês faz mais sentido que um italiano. Mas como é raro para nós usarmos o mesmo sabão todos os dias (a não ser que se esteja a fazer uma fidelidade forçada), acabamos por apreciar mais estes italianos mais excêntricos.
Os italianos também têm bons sabões para o dia-a-dia...
Impossível não gostar do desempenho de um sabão tradicional italiano, como um Cella, um Vitos, um TFS ou um Figaro. Até um Proraso ou um Omega têm uma qualidade extraordinária para o preço a que são propostos (especialmente no mercado de origem).
Até há pouco tempo (8-10 anos atrás), excentricidade aromática era coisa que não havia nos sabões italianos. Pelo contrário, tinham era pouquíssima variedade aromática. Era basicamente amêndoas, mentol e eucalipto.

Ultimamente algumas marcas estão a mudar essa paradigma.

Sem dúvida. O SV é muito bom. Super perfumado, muito deslize. E concordo contigo, os franceses fazem bons sabões, aliás o já referido MdC que acho que não fica atrás do SV em deslize, mas o LPL que tenho 3 são inferiores. Então no deslize mesmo uns furos abaixo.
Também acho que o MdC não fica atrás em deslize. É uma questão de afinar a quantidade de água, nada de complicado, até é bastante versátil nesse aspecto... e olhem que já gastei um pote inteiro de MdC.
Ultimamente tenho estado a desbastar um Savonière des Moulins ou lá como se chama... Excelente sabão, com um aroma que enamora.