Caros Cavalheiros,
Como já tinha dito, a minha experiência de apenas alguns meses de barbear tradicional, começou com Straight Razor. Se estou contente. Acho que é realmente a minha paixão. Talvez por ser a primeira, a minha Dovo Astrale.
Mas...
Sentindo-me desafiado pelos caros colegas do barbeado, experimentei com Safety Razor DE.
O modelo que experimentei foi a Edwin Jagger DE89 Chrome e as lâminas Perma-Sharp Super.
Porquê a escolha da máquina? Li uns reviews, as opiniões de alguns de vós, e com isso em conta decidi pela que me pareceu mais atractiva esteticamente.
Porquê a escolha destas lâminas? Idêntico processo de escolha, sendo que não queria correr riscos. Primeiro para não minar logo à partida a minha opinião sobre as Safety, e depois porque tenho a pele sensível e sei quais são as consequências deste tipo de riscos.
Vamos então à opinião sobre a minha primeira utilização de Safety Razor:
Fiz as preparações normais:
Toalha quente na cara, pincel e máquina em água morna, apliquei prep da proraso e fiz sabão da proraso com mistura de colonel conk, na tigela.
Pus sempre prep antes de cada passagem.
Passagens:
1 WTG
1 XTG
1 ATG (com muito cuidadinho)
Últimos retoques
1- É verdade o que todos dizem. Pouca ou nenhuma pressão, é pressão suficiente. O peso da própria máquina chega para fazer pressão.
2- Também percebi porque é que a malta pode fazer várias passagens. Com a Straight, a primeira passagem tirar já muito pêlo e a segunda completa bem, de forma que à terceira, para mim, costuma ser só retoques, mas é raro fazer isso. Talvez porque com a navalha sinto a cara muito bem e a pressão que aplico é quase automático de acordo com o que sinto. Com a DE não sinto a cara tão bem. Talvez por não ter experiência.
3- Antes de por a DE na cara testei na perna. No início fazia muito isso com a navalha para testar o ângulo. Fiquei absolutamente surpreendido com a suavidade com que tirou o pêlo. Tive que olha outra vez para ver se o tinha mesmo feito.
4- A primeira passagem na cara foi... Bom, como a primeira vez noutro tipo de empreendimentos. Se é que me entendem.

Não me cortei, mas ainda estava a testar o ângulo. A máquina desliza pela cara maravilhosamente. Mais uma vez, pensei: porque é que não sabia disto antes? Mesmo sendo atabalhoado ficou mais ou menos decente.
5- Na segunda passagem, já com mais confiança mas com muito cuidado correu tudo bem. Pela suavidade e pela cor da pele, percebi que tinha margem para arriscar mais uma. E correu bem.
6- Por final os retoques. Pronto, como abusei, tive o que merecia. Mas nada de grave, apenas três pontinhos que o gel da Proraso resolveu sem problemas.
7- Como alguém disse já aqui, é de facto mais rápido e prevejo que seja mais fácil de aprender, comparando com a navalha. As primeiras vezes com a navalha, ainda que com todos os cuidados, foram um bocadinho sanguinárias.
Conclusão:
O resultado seriam uns, algo inflacionados, 6 pontos em dez. O barbear não ficou perfeito, mas também não era de esperar para a primeira vez. Inflacionei, talvez em dois pontos, porque não vou precisar da ajuda do Dr. Zé Luís, para fazer dois ou três ponto na cara.

A cara ficou muito macia, sem irritações nem Razor Burn.
Gostei? Sim, gostei muito e vou continuar a utilizar.
É cedo para dizer o que prefiro, mas desconfio que daqui a uns meses a opinião será que, embora goste mais da navalha, a Safety também é mesmo muito boa e na verdade são experiências diferentes. Por isso não faz sentido escolher entre um e outro método.
Vamos falando.
Digam de vossa justiça e corrijam à vontade algum erro que tenham encontrado.