Quote from: Machiavelli on August 13, 2013, 08:29:02 pmJá acharia absurdo a morte de um animal para somente usar sua pele de forma completamente desnecessária. Sabendo os meios utilizados para tanto, não sei sequer adjetivar a prática. Respondendo diretamente ao questionamento inicial do tópico: as mais das vezes são retiradas com os animais ainda vivos, mesmo que atordoados. Para os que gostam de usar e têm coragem de ver o que incentivam, posso disponibilizar um vídeo de como o processo é feito.Acho melhor evitarmos essas discussões. Se alguém tem restrições éticas ao uso do pelo de texugo ( ou porco, mas parece que ninguém defende os porcos...) podem usar os sintéticos que estão cada vez melhores, ou de crina de cavalo que não necessitam de abater o animal. Além do mais, estes vídeos já foram amplamente divulgados, inclusive neste fórum.
Já acharia absurdo a morte de um animal para somente usar sua pele de forma completamente desnecessária. Sabendo os meios utilizados para tanto, não sei sequer adjetivar a prática. Respondendo diretamente ao questionamento inicial do tópico: as mais das vezes são retiradas com os animais ainda vivos, mesmo que atordoados. Para os que gostam de usar e têm coragem de ver o que incentivam, posso disponibilizar um vídeo de como o processo é feito.
Para os que gostam de usar e têm coragem de ver o que incentivam...
Acho melhor evitarmos essas discussões. Se alguém tem restrições éticas ao uso do pelo de texugo ( ou porco, mas parece que ninguém defende os porcos...) podem usar os sintéticos que estão cada vez melhores, ou de crina de cavalo que não necessitam de abater o animal.
Quote from: Machiavelli on August 13, 2013, 09:59:07 pmPara os que gostam de usar e têm coragem de ver o que incentivam...Eu percebo a tua ideia mas não acho que devemos andar a acusar os outros de X ou Y. Quem usa pincéis de texugo já é grandinho e sabe como o mesmo recolhido. Pessoalmente se posso usar pincéis de cerda ou sintéticos ou de outro pelo e que me satisfaçam plenamente na minha actividade barbística, é o que uso. Tenho um pincel de mistura e comprei-o com a consciência do que lá vinha e do que aconteceu ao animal. Não digo que não comprarei um dia um pincel totalmente de texugo, mas como já disse tenho outras prioridades. Agora, como o confrade Gago deu a entender (na minha opinião) não vale a pena estar a apontar dedos e a arranjar discussões sobre ética animal. O exemplo que dei dos tubarões tem a ver com a prática de o animal ser pescado e de lhe ser cortada a barbatana (para comida e medicina oriental) sendo o animal deitado ainda vivo para a água (onde não volta a conseguir nadar e afunda-se, tornando-se presa de outros peixes). É uma analogia com o texugo que é apanhado só pela pele (e sim, não acredito que sejam comidos, especialmente um animal que facilmente apanha qualquer doença no mato).Quote from: Gago on August 13, 2013, 08:50:32 pmAcho melhor evitarmos essas discussões. Se alguém tem restrições éticas ao uso do pelo de texugo ( ou porco, mas parece que ninguém defende os porcos...) podem usar os sintéticos que estão cada vez melhores, ou de crina de cavalo que não necessitam de abater o animal.Não acho que se deva evitar esta discussão, Gago. Por acaso existe outro tópico por aqui com o mesmo teor. Desde que a conversa se faça com cavalheirismo, respeito e dignidade, acho que se deve falar do assunto. Não vale a pena é estar a meter o assunto debaixo do tapete como se o pêlo aparecesse magicamente num suporte de madeira ou plástico.Quanto ao autor do tópico, acho bem que expliques à tua filha de onde vem o mesmo. Claro que não lhe irás explicar os pormenores sórdidos do processo, mas é bom para ela tomar consciência destas coisas. É como os miúdos saberem de que a carne do supermercado vem de um animal vivo e consciente, não aparece já embrulhada vinda de uma carrinha.
Virão pedras sobre a minha cabeça, mas não vou omitir minha contrariedade ao "politicamente correto" que é moda na mídia e em alguns círculos sociais. Como bem disse o Gago, é direito de cada um nutrir restrições éticas contra aquilo que bem entender. O mercado oferece pincéis sintéticos e até veganos para atender a todos que se compadecem dos texugos. Ressalto que eu sou amplamente favorável à liberdade de manifestação do pensamento. O problema do "movimento politicamente correto" é que ele tenta se impor pelo vexame, pelo descrédito e pela desaprovação social; pelo "apontar de dedos".Ora, usar um pincel de texugo não é um ato de "coragem" e não pode ser motivo de vergonha. Ninguém se faz uma pessoa melhor pela origem das coisas que consome.
É o que eu disse sobre o "movimento politicamente correto": se você não se compadece dos texugos, logo é comparado aos políticos corruptos, aos racistas e aos homofóbicos, ainda que pelo argumento do exagero ou em tom de brincadeira com fundo de verdade.O "movimento politicamente correto" quer que você sinta vergonha de si e quer que a sociedade aponte-lhe o dedo como "o nefasto". Fulano usa um pincel de texugo? Então também rouba o governo, sevicia a esposa, queima gays em fogueiras e tende a ser pedófilo. Isso, para mim, é de uma arrogância ímpar. Há pouco tempo uma importante autoridade brasileira, questionada se concorrerá à Presidência da República, disse que "o País não está preparado para ter um presidente negro". Como assim? Negros não são pessoas? Seriam, por acaso, seres superiores para os quais a população "não está preparada"? Que diferença pode haver entre ser presidido por um negro, um branco ou um índio? Mudou algo nos EUA pelo simples fato e diretamente decorrente deste mesmo fato de Obama ser negro? E, sim, o "movimento politicamente correto" é hipócrita. Plantas também são seres vivos. Sintéticos, muitas vezes, são fabricados a partir de petróleo. Carros movidos a eletricidade exigem hidrelétricas, usinas térmicas ou nucleares. Mas aí já não importa. Salvou-se um texugo. Perdoem-me, mas é o que eu penso.