O Mauro Cézar Pereira, da ESPN Brasil, sempre diz uma coisa que eu acho extremamente lúcida; Existe violência no futebol brasileiro (vide a final do cearense) porque somos um país violento. As taxas de criminalidade são altas, especialmente em estados menos ricos, e o futebol não é um porto-seguro, uma ilha de inocência, no meio de tanta violência. Para cortat a violência no futebol, é preciso cortar a violência da sociedade.Então eu concordo com você. Para levar meu garoto eu iria num Vasco x Chapecoense, não em um Vasco x Corinthians. Porque é menos cheio, menos tumultuado, é fácil chegar em São Cristóvão e estacionar meu carro, comer um lanche no Bob's e ir pro estádio, entrar na bilheteria 6 e me snetar na arquibancada, tranquilo.Só que o Brasil ainda não descobriu, infelizmente, como inserir o futebol num contexto maior. A gente vai "numa partida de futebol", e não "à São Januário, almoçar, passar na sala de troféus do clube para mostrar às crianças, comprar uma camisa na loja oficial, e DEPOIS sentar e assistir o jogo, como meu pai fazia comigo no Restelo. Os clubes não perceberam ainda que dá para transformar o "Domingo de futebol", no "Domingo no Vasco", que se possa levar a família e passar o dia lá, GASTANDO, para falar o português claro.Então, sim. Se eles transformassem a experiência em mais que bola rolando, lotava a casa. Como o Barça lota o Camp Nou todo jogo...E quanto ao esporte americano, os ianques estão transformando o Soccer num costume, como é a NFL. Os caras realmente SEGUEM o time, é costume criado desde cedo, e tem todo um contexto em volta do jogo. Em matéria de "vender" o esporte, eles realmente são geniais.