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Hygge e os Semogue de drogaria.
Os Dinamarqueses têm esta palavra sem tradução, mas que no fundo resume um conceito tão ignorado e mesmo desprezado por tantos. Na essência é a capacidade de obter sensações de bem-estar e felicidade com as pequenas coisas da vida. Um chá quente num dia frio, a leitura de um bom livro na tranquilidade do lar, uma lareira a crepitar, a vela acesa no escuro da noite, uma bebida com os amigos ou mesmo uma amena noite de tertúlia, tudo isto é hygge.
Numa época de consumismo exacerbado e sendo os Dinamarqueses um dos povos mais felizes do mundo isto faz sentido e merece no mínimo a nossa atenção.
Fui abençoado, não por qualquer ascendência nórdica mas eventualmente pelo acaso do destino com esta percepção e mesmo desconhecendo por completo a palavra a verdade é que sempre pratiquei o hyggelig.
E é neste contexto que escrevo que os Semogue de drogaria são hygge!
A cerda evolui como nenhum outro tipo de pêlo. Quem tem a paciência necessária sabe como estes pequenos pinceis evoluem para algo tão melhor do que são ao inicio.
Há que entrar no espírito e ter a noção que tudo se resume á viagem, pois o destino, esse é certo.
O hygge está em cada uma das utilizações, está no sentir a evolução do pincel, está na singeleza do mesmo. Está na ligação despretensiosa a um ritual mais tradicional e popular. Hygge é compreender e tirar o melhor partido do cerditas, é chegar ao fim do escanhoado com um sorriso no rosto.
Ah, e por favor, esqueçam os atalhos e as modernices: não os deixem no frigorífico a demolhar, afinal são pincéis e não postas de bacalhau.
