Boa tarde, chamo-me Paulo e vivo no sudoeste alentejano.
O meu recente regresso ao wetshaving deu-se, pasme-se, por um creme conotado com o universo feminino e por um fascínio muito recente pelos produtos tradicionais portugueses.
O mais curioso é que nunca o vi aqui referido, o que só prova que, de uma ruim moita por vezes salta uma boa lebre.
Tenho a pele seca, por vezes só consigo acalmia com o velhinho creme Nivea, aquele que é hoje, mui justamente, o baluarte da marca. Entrando um dia num mini- mercado, vi numa prateleira, umas embalagens de Benamôr-creme gordo hidratante. Devido ao meu fascínio atrás referido prontamente adquiri uma embalagem. Posso vos garantir que foi tiro e queda.
Rendido á eficácia lusitana, a compra de um creme de barba, pincel e aftershave português foi o caminho lógico. Argumentos para o agregado familiar:
• “Compre o que é nosso”, foi o lema escolhido.
• Laminas a €2 o pack de 10. (xeque-mate á esposa).
• Vintage. (Aqui conquistei a minha filha que vá se lá saber porquê, está nesta fase).
• Laminas super afiadas. Máquinas arcaicas, a vida por um fio em cada manhã. O triunfo do herói após cada escanhoado. O domínio da espada. Viver a vida no fio da navalha. (voilá... tenho os putos a meus pés).
Posteriormente encontrei este fórum e entornei o caldo todinho. Neste momento, todo eu sou produtos italianos, alemães, ingleses, espanhóis…enfim, uma desgraça completa. Foi a queda de um anjo, o pai agora está numa de cremes.

Malditos sejam.

Mas os meus problemas só agora começaram. Adquiri, recentemente, uma navalha. E é neste pelouro que vou precisar de toda a vossa ajuda.
Até porque, em abono da verdade, se não fosse pelas vossas fotos do escanhoado do dia, em que ostensivamente, de uma forma quase obscena, mostram aquelas maravilhosa navalhas, tal nunca me passaria pela cabeça.
Obrigado por tudo o que me ensinaram até ao dia de hoje e espero que, muito ainda me possam auxiliar.
PS:
A dita navalha ainda está em trânsito, quando chegar posto umas fotos.