Author Topic: Dois pinceis brasileiros: Condor SM 3050 e Batil 6443  (Read 2834 times)

Offline Luís Carlos

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Dois pinceis brasileiros: Condor SM 3050 e Batil 6443
« on: July 21, 2014, 02:48:03 am »
+1
Seguem algumas de minhas impressões sobre os dois pinceis:

Condor SM 3050



O pincel que aparece no site da empresa é diferente. Minhas observações referem-se apenas ao pincel da foto.

Preço: R$.17,95 (aprox. €.5,80)

Embalagem:
Convencional (blister).

Dimensões Aproximadas:

Cabo: 53 mm alt. – 36 mm diâmetro.
Rama: 51 mm
Nó: 21 mm

Peso Total Aproximado: 49 g

Formato da Rama: Ovalado

Cabo

Madeira com o logo da empresa no lado de baixo em silkscreen. Não estou seguro de que esteja envernizado. Possíveis problemas futuros com o umedecimento da madeira por proteção precária.

Cor: Sépia

Filamento

Cerdas naturais conforme informação na embalagem. Aparência de cerdas de porco brancas não alvejadas, aparentemente ligeiramente mais finas que as que são vistas em outros pinceis dessa espécie.

Cor: creme.

Odor: Característico

Sensação no Rosto (primeiro uso e seco, com alguma pressão)

Ligeiramente mais suave que os pinceis da espécie saídos da embalagem.

Rigidez: Típica de pinceis de cerdas.

Densidade

Parece-me um pouco mais denso talvez devido seus filamentos possivelmente serem ligeiramente mais finos.

Absorção e Retenção de Água (primeiro uso)


Foi efetuado um teste simples e caseiro, e por isso pouco confiável. O pincel (sem tratamento prévio) foi mergulhado em água em temperatura ambiente por aproximadamente 30 segundos e em seguida deixado para escorrer de cabeça para baixo por aproximadamente 20 segundos. Após isso, foi espremido sobre um recipiente vazio e a água que escorreu dele foi pesada. O teste foi repetido por mais duas vezes, após secagem teoricamente completa, e foi apurada uma média aritmética das três medições.

Resultado: 11 g

Carregamento do Sabão

Teste igualmente pouco confiável pela dificuldade de reprodução idêntica. Foi utilizado o sabão Cade (L'Occitane), mergulhado em água morna por aproximadamente 30 segundos. O pincel foi igualmente mergulhado em água morna pelo mesmo período, espremido para retirar todo o excesso de água, e aplicado ao sabão para carregamento por aproximadamente 40 segundos.

A quantidade de sabão recolhida foi mais que suficiente para se barbear em três passadas e mais alguns ajustes.

Formação da Espuma

Na tigela: Sem surpresas



A imagem mostra o pincel carregado sem exercícios de equilibrismo, com a quantidade de água que considero suficiente para prover uma lubrificação sem problemas futuros no barbear. Houve sobras na tigela também. Em minha opinião, considerando-se que esta foi a primeira espuma feita com o pincel e consideradas suas dimensões, o desempenho foi satisfatório nesse quesito.

Aplicação da Espuma no Rosto


Deparei-me com alguma dificuldade em aplicar a espuma no rosto apenas com movimentos circulares. Imaginava algo assim devido ao pincel ser novo, mas supunha um pouco mais de desempenho nesse sentido. Ainda assim, nada de chapiscos nas paredes. Em movimentos de vai-vem, desempenho normal e satisfatório.

Perda de Cerdas

Não notada nesse primeiro barbear.

Após aproximadamente três meses de uso (não intermitentes)

Normalmente em um pincel de cerdas se verifica certo ganho em alguns quesitos à medida que o tempo avança. Isso se deve principalmente à “quebra” das pontas das cerdas do pincel, o que parece torná-lo mais suave no rosto e ligeiramente mais ágil em fazer a espuma. No pincel Condor, a única melhoria que observei foi na questão da dificuldade em aplicar a espuma no rosto em movimentos circulares, dificuldade essa que desapareceu completamente já na terceira utilização. Então, intuo que a falta de desempenho inicial nesse quesito foi devido ao pincel não amolecer o suficiente devido, provavelmente, à existência de óleos naturais ou à aplicação pela fábrica de alguma goma para manter o formato do pincel.

Com o intuito de antecipar, ou mesmo forçar a “quebra” das pontas desse pincel, segui alguns conselhos disponíveis na internet. Primeiro, fiquei pincelando a palma da mão algumas vezes para simular barbeares que ainda não fizera. Depois, deixei o pincel de molho algumas vezes em Borax.

Ao pesquisar melhor (ver abaixo), passo a supor (apenas supor) que as pontas das cerdas “quebram” não exclusivamente por causa do sabão, da fricção do pincel no rosto, da deterioração provocada pelo tempo ou pela presença de quaisquer outros elementos alcalinos ou ácidos. Suponho que a ponta das cerdas “quebram” simplesmente pelo ato contínuo do molha-seca, do incha-e-encolhe provocado pela água. Ao fazer essa conclusão, passei a utilizar o pincel normalmente. Nos dias que não o utilizei deixei-o de molho em água quente por alguns minutos e o deixei para secar para ver se algo acontecia.

Independentemente do que provoca a quebra, o fato é que as pontas das cerdas do pincel Condor, pelo menos em três meses de uso, não “quebraram”, e suponho que não o faça. O pincel não ganha ou ganha pouquíssimo aprimoramento com o tempo de uso. Digamos que se comporta de forma semelhante a um pincel de pelos.

O porquê disso somente o fabricante poderia informar, mas, ao saber um pouco mais sobre cerdas, daria para formular algumas teorias (teorias):

- O pincel é feito com pelos suínos e não do que se denomina tecnicamente como cerda.

- O pincel é feito com cerdas, mas com cerdas já “quebradas” de fábrica, com cerdas ainda não completamente desenvolvidas (machos não adultos) ou de uma espécie suína em que as cerdas, por sua constituição “anormal”, não “quebram” como as geralmente utilizadas nos pinceis de barbear.

É de se supor que a Condor poderia estar utilizando as mesmas cerdas que costuma utilizar na fabricação de pinceis artísticos - que já vêm pré-tratadas de modo a não alterarem suas características com o tempo - em vez de usarem cerdas específicas para a fabricação típica de pinceis de barbear. Em geral, as melhores cerdas para pinceis artísticos possuem pontas já divididas (o que se denomina flagged tips) e parte delas são arqueadas. O fabricante monta o pincel posicionando as cerdas retas e as cerdas arqueadas de acordo com o formato do pincel que esteja desenvolvendo. Se o artista fizer uma manutenção apropriada, o formato do pincel se mantém por longo período.



A foto está ruim, mas... Este é um pincel artístico (não é da Condor e sim de alguma marca chinesa) feito teoricamente com o que se conhece no mercado artístico como “cerdas chinesas”. Os filamentos parecem ainda mais finos e mais suaves ao toque que os do pincel da Condor, no entanto, parece ser bastante semelhante. Os dois pinceis talvez lembrem o pelo de cabra.

Conclusão

Mesmo com essa questão da “não-quebra”, entendo ainda que o pincel Condor seja bastante funcional naquilo que mais nos interessa. Não vejo ninguém tendo um barbear ruim exclusivamente por culpa desse pincel. Mas eu colocaria esse pincel em uma categoria um pouco abaixo dos pinceis das marcas estrangeiras mais tradicionais. Não exclusivamente pela questão do filamento utilizado, mas pelo melhor acabamento dos cabos (o revestimento satinado do cabo do Condor foi-se todo em dois meses como eu previa) e pela diversidade de tamanhos disponíveis nos pinceis de marcas estrangeiras. Por outro lado, é um pincel que me parece já vir “pronto”, que mantém bem sua forma (como um pincel artístico) e que parece perder menos pelos que os pinceis de cerdas estrangeiros que já utilizei, pelo menos nesses três primeiros meses. Isso pode ser um ponto que possa ser entendido como vantajoso por alguns. Para quem decidir comprá-lo e que pretenda utilizá-lo até ficar imprestável, sugeriria aprimorar o revestimento do cabo com tinta e/ou verniz resistente à água e temperatura para uma melhor proteção da madeira.

Sobre cerdas

Para procurar entender um pouco melhor por que as cerdas do pincel Condor não “quebravam”, comecei a efetuar uma pesquisa um pouco mais detalhada sobre o assunto. Tive bastante dificuldade, pois encontrei muita informação incompleta e muitas vezes desencontrada.

Aproveitando-me de uma visita a uma universidade, conversei com um biólogo, que me deu as informações, ainda que sem garantir muita certeza (ele é especialista em répteis), que me pareceram as mais coerentes.

Ele separou o que é conhecido tecnicamente como cerda e como pelo em dois grupos: função e estrutura. Quanto à função, os pelos teriam a função primária de proteção contra o frio e as cerdas teriam como função primária a de evidenciar a virilidade do macho e aumentar suas chances de acasalamento. Quanto à estrutura (agora necessito usar termos mais técnicos), a medula (parte central do pelo ou da cerda que possui formato de duto) de um pelo em geral é preenchida com queratina enquanto que a medula de uma cerda é geralmente oca. Isso poderia explicar as diferenças de flexibilidade e de capacidade de absorção de água.

Há também exemplos de cerdas em outros animais que não os suínos. Os cílios e os pelos do nariz dos homens e os “bigodes” dos felinos seriam exemplos disso.

No caso específico do javali (e possivelmente no de algumas outras espécies suínas), as cerdas, segundo as informações do biólogo, estão concentradas no dorso do animal (no que parece ser uma crina). Quando o animal se sente ameaçado ou está disputando uma fêmea com outro macho, são as cerdas que eriçam e não os pelos. Encontram-se pelos também nessa mesma região, assim como em outras regiões do corpo. Apenas o macho adulto apresenta essa “crina” desenvolvida. Nos machos não adultos a crina está ainda em fase de desenvolvimento e as fêmeas não as possuem.

Batil 6443



O site da empresa apresenta um pincel com o cabo ligeiramente diferente e os pelos de cor também diferente. Minhas impressões referem-se ao pincel da foto.

Preço: R$.17,00 (aprox.. €.5,50)

Embalagem: Convencional (blister).

Dimensões Aproximadas:

Cabo: 48 mm alt. – 35 mm de diâmetro.
Rama: 49 mm
Nó: 21 mm

Peso Total Aproximado: 33 g

Formato da Rama: Um abobadado pouco pronunciado.

Cabo


Plástico (aparentemente polipropileno). Rebaixo na parte da frente e detrás para encaixe dos dedos. Ranhuras nas laterais e nos rebaixos para melhor firmeza. Logo frontal em silk screen revestido por plástico transparente.

Cor: Azul de Ultramar

Filamento

Cerdas naturais conforme informação na embalagem. Pelo de crina de cavalo de acordo com informação da vendedora. Aparência de pelo de crina de cavalo de cor mesclada sem tingimento. Os pelos não possuem afilamento nas pontas, o que eu entenderia ser característico em todo pincel de barbear, dando a impressão de que foram cortados na fabricação ou foi utilizada a parte inferior dos pelos e não a parte superior como imaginaria ser o costume.

Cor: Castanho acinzentado no aspecto geral.

Odor: Característico

Sensação no Rosto (primeiro uso e seco, com alguma pressão)

Possivelmente devido à ausência de afilamento nas pontas, diferentemente dos pinceis típicos de pelo 100% crina de cavalo, sentem-se algumas ligeiras agulhadas. Nada exagerado devido ao amortecimento causado pela flexibilidade dos pelos, mas ainda assim ligeiramente incômodo.
 
Obs.: Lembrar que a descrição acima é sujeita à subjetividade. Cada pessoa possui uma pele e a sensibilidade ao tato pode ser maior ou menor.

Rigidez

Acredito que típica de pinceis 100% crina de cavalo - em geral, menor que pinceis de cerdas e maior que pinceis de texugo, pelo menos os de pelos mais nobres.

Densidade: Característica

Absorção e Retenção de Água (primeiro uso)

Foi efetuado um teste simples e caseiro, e por isso pouco confiável. O pincel (sem tratamento prévio) foi mergulhado em água em temperatura ambiente por aproximadamente 30 segundos e em seguida deixado para escorrer de cabeça para baixo por aproximadamente 20 segundos. Após isso, foi espremido sobre um recipiente vazio e a água que escorreu dele foi pesada. O teste foi repetido por mais duas vezes, após secagem teoricamente completa, e foi apurada uma média aritmética das três medições.
 
Resultado: 18 g

Carregamento do Sabão

Teste igualmente pouco confiável pela dificuldade de reprodução idêntica. Foi utilizado o sabão Cade (L'Occitane), mergulhado em água morna por aproximadamente 30 segundos. O pincel foi igualmente mergulhado em água morna pelo mesmo período, espremido para retirar todo o excesso de água, e aplicado ao sabão para carregamento por aproximadamente 40 segundos.

A quantidade de sabão recolhida foi suficiente para se barbear em três passadas e mais alguns ajustes. Daria para quatro passadas tranquilamente.

Formação da Espuma

Na tigela: Pequena dificuldade em recolher a espuma que se espalha nas laterais da tigela, possivelmente por causa do formato da rama ou da flexibilidade dos pelos, mas nada desabonador.



A imagem mostra o pincel carregado sem exercícios de equilibrismo, com a quantidade de água que considero suficiente para prover uma lubrificação sem problemas futuros no barbear. Naturalmente, houve sobras na tigela. A parte da espuma que recobre o cabo ficou um pouco mais rala porque peguei o pincel com a mão molhada no momento de posicioná-lo para a fotografia.

Aplicação da Espuma no Rosto


Dadas as dimensões da rama, desempenho satisfatório na aplicação da espuma no rosto com movimentos circulares. Apenas pouco preciso na região do bigode, o que me parece normal para o tipo de pincel e suas dimensões. Deve haver pinceis melhores nesse sentido, mas acho que o pincel em questão, dadas suas dimensões, não perderia muito nesse quesito. Na aplicação da espuma em movimentos de vai-vem, desempenho igualmente satisfatório.

As “agulhadas” a que me referi anteriormente, na passagem da espuma no rosto, se multiplicaram devido à pressão maior e talvez ao umedecimento. Como possuo uma pele bastante fina, houve algum desconforto, principalmente na última passagem, quando a pele já estava mais “castigada” pela lâmina. Em minha opinião, é algo com que se pode conviver, mas que é conveniente ser anotado. Para quem possui a pele mais fina que a minha ou possui alguma tendência a alergias isso pode ser um problema. Para quem possui a pele mais grossa que a minha, talvez nem sinta isso, ou sinta tanto quanto em pincéis de outros tipos. Do pouco que conheço sobre pinceis 100% crina de cavalo nunca senti nenhum tipo de desconforto dessa espécie, mas nunca experimentei um pincel cujos pelos não possuíam afilamento.

Com a água e o sabão, o pincel solta um aroma (aroma de pelo animal) bem mais forte que quando seco, espalhando-se um pouco pelo local onde se está barbeando. Cabe ressaltar que não fiz nenhum tratamento prévio no pincel com o intuito de eliminar o cheiro, que essa foi a primeira utilização, e que o sabão utilizado não possui um aroma forte.

Apesar de possuírem certa flexibilidade, os pelos “entortam” um pouco quando umedecidos, o que tende a causar “deformidades” no formato original da rama. Pode-se dizer que os pelos são flexíveis, mas pouco elásticos. Possuem certa resistência em retornarem ao formato original. Pelo pouco que conheço sobre esse tipo de pincel, em maior ou menor grau, isso me parece algo característico, embora em pinceis com pelos que possuem afilamento, essa característica me parece ter seus efeitos pelo menos ligeiramente minimizados. Para evitar “deformidades” muito acentuadas, o ideal é que o pincel seja moldado manualmente antes de colocá-lo para secar.

No fim das contas, como para o meu tipo de pele/barba a aplicação da espuma no rosto em movimentos circulares faz realmente uma diferença, o primeiro barbear acabou sendo um pouco melhor que com o pincel Condor SM 3050.

Perda de Pelos

Notei apenas um pelo solto grudado no sabão no primeiro barbear.

Após aproximadamente três meses de uso (não intermitentes)

O cheiro de pelo quase não se notava já no segundo uso e no terceiro já não havia sinal dele. Houve ainda a perda de alguns pelos, perda essa regressivamente menor a cada dia, o que não me parece colocar o pincel nem abaixo nem acima dos outros nesse quesito. Nada a mais nem a menos foi notado.

Com relação ao ligeiro desconforto causado pelas tais agulhadas, tive a péssima ideia de esfregar o pincel na parte mais fina de uma pedra de amolar facas. Como não vi pelo saltando, vi marcas brancas na pedra indicando que os pelos estavam sendo desgastados e o pincel (seco) parecia ficar aparentemente mais macio ao toque no rosto, animei-me e segui adiante até aparentemente conseguir criar artificialmente as tais pontas. Mas o que aparentava ser um aprimoramento, na verdade foi um apioramento. No barbear seguinte com o pincel (umedecido), com a afiação, as agulhadas tornaram-se ainda mais incômodas.
 
Depois, para retornar o pincel aproximadamente ao que era, resolvi cortar as pontas artificiais. Como não tinha experiência nisso, percebia um lado maior e o cortava para nivelá-lo. Esse lado maior, pela minha habilidade, se tornava um lado menor e cortava o outro lado maior, que ficava menor... E assim o pincel ficou tão pequeno que só prestaria caso eu resolvesse passar a depilar as axilas. Acabou indo para o lixo.

Conclusão

Acho que excetuada a parte do desconforto dos pelos, que pode ser maior ou menor a depender de cada pessoa, o pincel é satisfatório como pincel, e serve bem de parâmetro para alguém que ainda não tenha utilizado um pincel de pelos de cavalo e porventura tenha a curiosidade de saber como se porta. Sobrariam apenas as preferências pessoais para outros tipos de pinceis (cerdas, texugo, sintético). Se tivesse que comprar um pincel de pelo de cavalo, hoje ainda compraria um estrangeiro. Mas tendo ciência de que se estivesse pagando o dobro do preço que pagaria pelo Batil não estaria adquirindo um pincel duas vezes melhor. A técnica (http://www.barbearclassico.com/index.php?topic=7444.0) utilizada pelo colega cegadede poderia ser uma excelente dica para corrigir o problema com o desconforto causado pelo pincel. Não a experimentei porque já havia jogado o pincel no lixo.

Conclusão Geral Sobre os Dois Pinceis Brasileiros

Eu poderia ir para o senso comum e considerar que tudo que é fabricado no Brasil é pior que nos outros países ou coisa do gênero, mas não posso me furtar a tentar procurar entender os objetivos dos fabricantes. Se for considerado que os dois pincéis são destinados a atender a demanda do público voltado ao barbear clássico, pode-se, ainda que sujeito à subjetividade, considerar que os dois produtos estejam num patamar ligeiramente abaixo dos pinceis de marcas estrangeiras. Se, no entanto, for considerado que os pinceis possuem o objetivo de atender um público que utiliza cremes fabricados pelas grandes marcas, que não fabricam pinceis e que fabricam os cremes para atenderem um público que em sua esmagadora maioria é voltado ao barbear moderno, pode-se passar a considerar que os dois pincéis possuem qualidade semelhante aos estrangeiros, apenas diferem no público alvo e nos cremes e sabões que provavelmente serão utilizados com eles. Em minha opinião, mesmo o melhor pincel do mundo (se houvesse um) não conseguiria tirar melhor espuma que o Batil e o Condor de um creme dos que geralmente se veem nas prateleiras dos supermercados brasileiros.
 









Offline Cardoso

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Re: Dois pinceis brasileiros: Condor SM 3050 e Batil 6443
« Reply #1 on: July 21, 2014, 03:01:46 am »
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Bom review. Acho que está na hora da Hypermarcas investir em pincéis, pois a distribuição da Condor é uma porcaria.

Aprendiz de enabler.

Offline davizera

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Re: Dois pinceis brasileiros: Condor SM 3050 e Batil 6443
« Reply #2 on: July 21, 2014, 03:02:40 am »
0
E a L'occitane remarca o pincél condor e quase quadruplica o seu preço:

http://br.loccitane.com/pincel-de-barbear-cade,43,2,5223,431455.htm
david

Offline GADREL

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Re: Dois pinceis brasileiros: Condor SM 3050 e Batil 6443
« Reply #3 on: July 22, 2014, 01:41:25 am »
0
Bela revisão, parabéns!
LEGIO PATRIA NOSTRA.

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