Apenas os media volta e meia lhe questionam sobre isso. No entanto ele parece pouco interessado para já (talvez €€€) mas não descarta essa hipótese de um dia quem sabe....O único selecionador que senti que realmente uniu o grupo foi o Scolari. Aliás, ele uniu a equipa e os portugueses. Era só passar pelas ruas e vê-las cheias de bandeiras nacionais. Há diversos postais dessa altura. Não creio que o Mourinho fosse conseguir unir o grupo. Ele é um excelente treinador mas uma seleção acho que é uma coisa diferente. É a meu ver mais dificil de gerir.É necessário afinar mais do que os pés dos jogadores. É preciso que o grupo seja unido e estejam todos concentrados em Portugal e na seleção
Quando um jogador - em qualquer seleção, de qualquer país - veste o uniforme da seleção, ele deixa de ser um jogador e torna-se um EMBAIXADOR de seu país. Um jogador que se recusa a entoar o hino nacional de seu país na abertura de um jogo de copa do mundo, ainda que seja um grande jogador, é um EMBAIXADOR MEDÍOCRE... Sinceramente, não consigo me esquecer da imagem desse jovem, carrancudo, contrariado... Como se estivesse lá por obrigação e não por amor à sua pátria...
Talvez o confrade esteja sendo um pouco romântico. Esses jogadores de hoje em dia são verdadeiros "super stars", alguns, "top models", sem falar que são milionários. Vivem num outro mundo. Só pra lembrar, logo após a eliminação do Brasil pela França em 2006, o Zidane foi ao vestiário brasileiro e ali mesmo ficou aos risos e piadinhas com os amigos Ronaldo Nazário e Roberto Carlos, esses estavam tão alegres e descontraídos que o Lúcio e o Dida ameaçaram partir pra cima mas foram contidos (felizmente).
A questão do hino considero um fait divers. É preciso se pôr no lugar de um atleta de alta competição: cada um tem a sua maneira de lidar com a pressão, ansiedade, preparação, motivação naqueles momentos antes de uma competição. Como adepto, prefiro que dêem prioridade a essa preparação do que se preocupem com o hino... se fosse para ir cantar o hino e senti-lo até eu servia mas o importante é jogarem...
Certa vez, conversei com um espanhol catalão... Disse a ele que o Real Madrid era o maior rival do Barcelona... Meu interlocutor disse: "O maior rival do Barcelona, é o RCD, pois o Real Madrid é espanhol e o Barcelona é catalão..."Pois é... Uma Copa do Mundo é ATÉ MESMO um torneio esportivo... Mas é também uma GUERRA, onde os combatentes além de mostrarem ser bons no esporte, precisam entender que são EMBAIXADORES de seus países e COMBATENTES na guerra. Num cenário desses, a conduta de um combatente vale desde o momento do hino até o derradeiro apito do árbitro. Quem é apenas um esportista, não vai se dar bem numa Copa do Mundo...
Pois é... Quando o futebol era "romântico", o Brasil conquistou seus três melhores títulos mundiais... Quando o "romantismo" acabou, só conseguimos ganhar dois títulos com péssimo futebol... Será que ser "romântico" é desvantagem??? Que seja... Sou um "romântico" então... Daqueles que usam chapéu pra enfrentar o sol, escrevem com caneta tinteiro, dão corda no relógio e fazem a barba com navalha...
Sério? Uma guerra? E eu a pensar que era um desporto.E que afinal era um romântico a falar.La vai o romantismo às urtigas...
Estamos prontosMiguel Esteves Cardoso16/06/2014 - 20:03Estaremos feitos? Não.1-0: começa a merda. 2-0: A merda continua. 3-0: a merda adensa-se. 4-0: acaba a merda.Mas quem é que não estava à espera desta merda? É normal Portugal perder com a Alemanha. É sempre a mesma merda. Qual é a novidade?É por isso que vamos desanimar? Por ter acontecido o que já se esperava? Claro que não. O jogo com a Alemanha era uma merda que tínhamos sempre de despachar. Pronto, está despachada. Ainda bem. Estamos prontos. Não estamos feitos.De resto, que bem se estreou a Península Ibérica neste Mundial. Reflectiu-se a longa experiência que Espanha e Portugal têm na América do Sul. Fomos amplamente recompensados por todos os jogadores que roubámos ao Brasil, à Argentina e a outros países sul-americanos.Foram nove golos que levámos: a Espanha de um país mais pequeno e Portugal de um país bastante maior. Por outro lado, a Espanha marcou um golo e nós nem um marcámos. Em contrapartida, eles levaram 5 e nós só levámos 4. Mas ambos sofremos 4 golos de diferença. 8 no total. Nada mau, hein?Estaremos feitos? Não.Agora cabe-nos apoiar a selecção mais do que sempre. É o nosso apoio que será decisivo. É portuguesíssimo mas perigosíssimo pensar que está tudo perdido, que já não vale a pena. Nunca iríamos ganhar à Alemanha. Se tivéssemos ganho ficaríamos com um excesso mortífero de confiança. Assim levámos o banho de água fria de que precisávamos: quatro baldes foi a medida perfeita.Quanto aos alemães, parabéns e obrigado pela lição.
Ao menos não foi o "síndrome Sá Pinto" (ou seja, fazer uma espera e bater na própria professora)
Custou-me a derrota de Portugal ontem. Mas custou-me só um bocadinho, não muito. A derrota, essa é assimilável, até era esperada dada a fase de qualificação. Longe vão os tempos em que o Mourinho treinou a nossa seleção e nos levou a uma final em 2004. Sim porque o mourinho treinou metade da nossa seleção em 2004.O que me custou muito, foi ver uma reincidência do síndroma “Joao Vieira Pinto”. Custou-me e envergonhou-me, não pela violência do acto em si, porque essa nunca existiu, mas pela estupidez que demonstra.Era de esperar que aqueles meninos já tivessem sido ensinados que, no recreio não se bate nos colegas! Muito menos quando a professora está a ver.
A mim o que me deixou, e deixa sempre, bastante desapontado são aquelas pessoas que no inicio cantam o hino alto e bom som, estão super motivados e confiantes com a vitoria, e a meio do jogo saem do estádio/recinto de onde estão a ver o jogo ou apagam a televisão porque o jogo não está a correr como querem. Passam de "...pela pátria lutar, contra os canhões marchar" para o "a pátria que se lixe, vamos é fugir aos canhões que já está tudo perdido".Que me desculpem os confrades que porventura tenham este hábito,porque não quero com isto ofender nem atacar ninguém. Apenas acredito que envergar as nossas cores e cantar o hino no inicio de cada jogo nos compromete, como portugueses, a acreditar e a apoiar a nossa selecção até ao fim, mesmo nos momentos difíceis.