Nova gama de produtos Cella

[Benoit86]

Verdade!
...nem era preciso ir para o sabão da concorrência.
Bastava colocar o aroma do Veleiro no sabão de barbear da Musgo Real.

Mas até nem acho que o mercado externo é tudo. Isso de colocar artigos à venda para americano comprar já eles estão fartos de fazer com o Musgo Real.
Gostaria era de ver uma linha para homem 100% portuguesa a concorrer no mercado nacional com as Gillette, Niveas, Palmolives e afins. Algo atractivo, cativante, capaz de atrair o publico e com preço simpático.

Reparem, todos os países têm pelo menos uma. Itália tem o Proraso a dominar o mercado nacional (e de caminho, exporta-o às pazadas). Espanha tem a La Toja. Inglaterra tem a Real Shaving Co. Hungria tem a Barbon/Figaro, etc, etc.

Portugal tem zero. Ou perto disso. Sim, temos o Veleiro (talvez o que tem mais potencial), Top Secret, Lavanda, Men's Estoril e etc., mas são apenas creme, não uma gama completa, e a sua presença no mercado é residual.
O Lavanda estava nas grandes superfícies, é verdade, mas era apenas o creme e não uma linha completa e o preço a que era proposto era pouco atractivo, praticamente o dobro dos players habituais. Assim, natural que as vendas fossem pouco expressivas.

Outra marca que tem um potencial incrível para isto é a Feno de Portugal. Fiquei com essa ideia depois de ver isto. Seria muito bom que os novos donos da marca decidissem criar algo assim.

Essa imagem da gama Feno faz-me sonhar. Simplesmente brutal, tal a simplicidade. Recriava as embalagens tal e qual como as antigas.
Uma gama só de Veleiro, com preços moderados, batia-se no mercado nacional sem problemas.

[guest5676345]

Isso dos preços...

Não ia ser fácil eles manterem preços competitivos mantendo a linha de pensamento deles.

Reparem bem que os Proraso vem de Italia e custam 4€. Os Lavanda são feitos em PT e custam o mesmo. Mas de a gente for à loja da fabrica, eles já vendem a um preço bem melhor. Se não dão margem aos logistas, eles tem de espetar a unha. Os Logistas não querem vender Lavanda ou Proraso, eles querem vender o que lhes dá mais lucro.

Mas ainda temos marcas que não querem vender aos Hiper.

[oversaturn]

Pois... mas se formos a ver o preço do Proraso em Itália, o seu mercado interno, os preços são bem melhores. Exemplo: http://cirrottola.it/index.php/brands/proraso.html?limit=12

É disto que falo. Uma linha portuguesa com preços destes no mercado interno seria certamente competitiva.

É verdade que se não dão margem aos lojistas, torna-se difícil. Mas... muitas vezes os Hiper também metem a unha onde lhes convém. Certamente o Continente não perdeu dinheiro quando despachou os Lavanda a €2. Então porque raio os vendia a €4?!?!

Ainda há poucos dias comprei um tubo de Veleiro a €2,50. Há sítios onde o vendem ao dobro desse valor. Não se percebe...

[guest5676345]

Claro que eles espetam a unha, mas acabo por concordar um bocado. Não imaginam a quantidade de artigo que é estragado pelos e que tem de ir para o lixo porque o fornecedor não aceita devolução. Ou seja, esse material tem de ser pago indirectamente.

[Martius]

Ficou bem catita esta nova imagem do Cella. Apesar de não achar que o mundo precisava de mais produtos com aroma a amêndoa. Mas pronto, qualquer novidade é bem vinda.

[Latherão]

Tenho notado, dentro e fora do ambiente BC, que principalmente os produtos de custo individual reduzido têm vindo a aumentar o seu preço para o dobro ou o triplo desde há 15 anos para cá. Provavelmente porque na mente do consumidor, um produto de consumo esporádico pode custar €2 ou €3 ou €5 que continua a ficar "barato". As grandes superfícies sabem isso muito bem.

Por exemplo, fiquei chocado agora no Verão quando vi que quase nenhum gelado Olá custa menos de €1. Muitos custam mais de €2. Bolachas que não sejam de marca branca sofrem do mesmo mal. Com as lâminas DE passa-se o mesmo: as poucas que se vêm nas grandes superfícies custam mais de €2,50 por caixa de 10 unidades. Escovas e pastas de dentes sofrem do mesmo mal (por isso não se vêm pastas Couto, que custam menos de 2€ em qualquer drogaria).

Se todos convertessem estes preços para escudos já pensariam duas vezes antes de comprar lâminas ou gelados a 500$00, ou cremes a 1.000$00.

As grandes superfícies não existem para fazer favores a ninguém: eles vão explorar consumidores e produtores ao máximo. E a culpa é só e apenas dos consumidores por terem abandonado o comércio tradicional, deixando o retalho na mão de 2 gigantes grossistas, que agora fazem o que querem.

Agora com a crise vemos a falta de vergonha dos grossistas quando fazem promoções de 50% em quase todo o inventário!

Diga-se de passagem que o comércio tradicional se valeu muitas vezes da sua boa localização e falta de concorrência para também eles subirem os preços.

Isto tudo para dizer que o produtor nacional não tem muito a dizer sobre o preço final, se pretender vender numa grande superfície. E nenhum produto para consumo nacional vai vingar fora das grandes superfícies...

[mc]

... e as grandes superfícies pagam aos fornecedores/produtores no mínimo a 90 dias!!!

[rveladas]

E cada vez mais querem é baixar o preço de compra para obterem mais lucros

[oversaturn]

... e as grandes superfícies pagam aos fornecedores/produtores no mínimo a 90 dias!!!

Verdade. Mas tu quando fazes as compras lá, pagas a pronto.
Ou seja, basicamente vendem a pronto produtos que ainda não pagaram

Claro que eles espetam a unha, mas acabo por concordar um bocado. Não imaginam a quantidade de artigo que é estragado pelos e que tem de ir para o lixo porque o fornecedor não aceita devolução. Ou seja, esse material tem de ser pago indirectamente.

Mas também conheço o contrário, Bninho. Conheço o caso de uma padaria de média dimensão que fornecia pão (já cozido) para uma grande superfície. Para poder vender lá, as condições eram duras. Fornecia uma dada quantidade de pão todos os dias. No final do dia, o pão que o supermercado não vendia era devolvido e o valor era descontado. Resultado: a padaria começou a ter prejuízo com este contrato. 

Quando acabou, obviamente não renovou. Passou apenas a vender-lhes o pão em massa pré-congelada. Assim, vai o pão pra lá congelada e o supermercado que o coza à medida das necessidades, acabaram-se as devoluções ao fornecedor. E por isso é que agora quase todos os supers têm forno de cozer pão (e por sinal, até me parece que é melhor gestão de recursos)

[Latherão]

Emanuel, eu conheço vários casos assim, em que o fornecedor paga o que não for vendido. Noutras ocasiões é informado que o preço tem que baixar para poder continuar na prateleira, porque o retalhista simplesmente decidiu fazer uma campanha de promoções...

Condições de pagamento aos fornecedores é como se sabe, em Portugal: no mínimo 90 dias e 180 não é raro.

Agora começo a ver sinais contrários a esta política, que destrói o produtor, à espera de que haja outro para o substituir. Os produtos de qualidade desaparecem das prateleiras e os clientes começam, timidamente, a mostrar-se insatisfeitos com a relação preço/qualidade, porque percebem que se encontram produtos portugueses de qualidade mais baratos em cadeias de supermercados estrangeiras!

Esperemos que não seja tarde e que as marcas consigam resistir...

[runfransos]

Eu não entendo de distribuição, retalho, etc, mas porque raio uma linha como o Veleiro não é viável comercialmente? Atenção, eu considero o creme fraco e o aroma vulgar, mas, mesmo assim, para esse segmento de mercado, muito melhor que proraso, la toja, etc, que não parecem ter dificuldade em vender os seus produtos e em ser rentáveis.

[mc]

A questão é outra.
 O mercado interno italiano e espanhol são muito maiores que o português (cerca de 4 vezes)' além de que os indígenas são militantes praticantes de "o que é nacional é bom".
Depois temos a penetração dos espanhóis na america latina e dos italianos nos Estados Unidos.


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[oversaturn]

A questão é outra.
 O mercado interno italiano e espanhol são muito maiores que o português (cerca de 4 vezes)' além de que os indígenas são militantes praticantes de "o que é nacional é bom".
Depois temos a penetração dos espanhóis na america latina e dos italianos nos Estados Unidos.


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Na mouche, parte do problema é mesmo esse...
Mesmo assim, não vejo o La Toja a ser vendido na América Latina. No entanto, os espanhóis são muito adeptos dos seus próprios produtos, isso sim.

[NoName]

Verdade!
...nem era preciso ir para o sabão da concorrência.
Bastava colocar o aroma do Veleiro no sabão de barbear da Musgo Real.

Mas até nem acho que o mercado externo é tudo. Isso de colocar artigos à venda para americano comprar já eles estão fartos de fazer com o Musgo Real.
Gostaria era de ver uma linha para homem 100% portuguesa a concorrer no mercado nacional com as Gillette, Niveas, Palmolives e afins. Algo atractivo, cativante, capaz de atrair o publico e com preço simpático.

Reparem, todos os países têm pelo menos uma. Itália tem o Proraso a dominar o mercado nacional (e de caminho, exporta-o às pazadas). Espanha tem a La Toja. Inglaterra tem a Real Shaving Co. Hungria tem a Barbon/Figaro, etc, etc.

Portugal tem zero. Ou perto disso. Sim, temos o Veleiro (talvez o que tem mais potencial), Top Secret, Lavanda, Men's Estoril e etc., mas são apenas creme, não uma gama completa, e a sua presença no mercado é residual.
O Lavanda estava nas grandes superfícies, é verdade, mas era apenas o creme e não uma linha completa e o preço a que era proposto era pouco atractivo, praticamente o dobro dos players habituais. Assim, natural que as vendas fossem pouco expressivas.

Outra marca que tem um potencial incrível para isto é a Feno de Portugal. Fiquei com essa ideia depois de ver isto. Seria muito bom que os novos donos da marca decidissem criar algo assim.

A presença dos produtos tugas é residual porque , as marcas nada fazem.
A unica coisa de jeito que ví nos ultimos
tempos ,  é com o cunho da 100ml.
A linha ABB 5. Aniversário é uma lufada
de ar fresco.
Não sei porque é que a Ach não lança
nada de novo ... compraram a confiança
apenas para fazer sabões para a tia Ohpra?
Mesmo a Semogue , parece que pouco
liga , a publicidade e divulgação , não fosse os forums e ninguem sabia como comprar um Semogue.
Não digam que não se vende ... no continente estão sempre a repor ... por
isso vende.
Temos tanta coisa boa que anda escondida das pessos.
Musgo , Veleiro , Top Secret , Mens , O Melhor , Semogue.
Parece que quem teve olhinhos foi a
Catarina Portas e a 100ml. E não devem
de andar , mal de finanças.





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[oversaturn]

Permite-me discordar.

A 100mL lançou a ABB, mas muitos dos produtos são apenas um "repackaging/rebranding" em embalagens bonitas e vendidos ao preço superior ao original (a gama de pincéis é disso um bom exemplo, são Semogues inflacionados). E o sabão, apesar de se portar bem, tem uma composição pouco atrativa (propilenoglicol, SLS, etc) que afasta muita gente entre o público especializado (basta ler os comentários em alguns fóruns estrangeiros acerca do sabão ABB ou Portus Cale). Toda a linha linha parece mais concebida para se adaptar a lojas de prendas hipster da moda do que propriamente para adeptos do barbear tradicional ou a pensar no público masculino em geral. São opções... há que respeitar.

A Ach. Brito lançou 5 novos aromas (ou seja, 5 novas gamas) sob a marca Musgo Real. Trouxe de volta o creme Lavanda (que estava descontinuado) a pedido do público. E depois de um primeiro tiro na água, finalmente desenvolveu um sabão de barbear de qualidade que funciona muito bem, ao nível que qualquer sabão tradicional inglês ou francês (na minha opinião o melhor sabão não-artesanal que se produz por cá). Tudo isto na última meia-dúzia de anos. Até acho que continua a ser a empresa que mais se mexe nesta área  em Portugal (e olha eu a defender a Ach. Brito! ). Mas a maioria dos seus produtos está virada para o mercado estrangeiro - naturalmente, pois daí é que vem a parte de leão dos seus lucros. Só gostaria que pensassem um pouco mais no mercado nacional e fossem mais competitivos face aos players do costume, Niveas, Prorasos, Palmolives e afins.