Traduzido para leigos, sff... 
+ 1 leigo s.f.f. 
Bom... ando para escrever um artigo sobre isto e colocar aqui no fórum, mas aqui algo resumido sobre o assunto:
O que é um sabão? Basicamente, é o resultado da saponificação (hidrólise)dos ácidos gordos presentes nas gorduras (vegetais ou animais) por acção de uma base (soda ou potassa cáustica).
Mas acerca disso falei já alguma coisa
aqui (perdoem lá esse testamento)
Existem essencialmente 3 tipos de sabões:
- "cold-process" (obtidos por saponificação a frio)
- "hot-process" (obtidos por saponificação a quente)
- "melt-and-pour" (conhecidos como "sabões de glicerina")
A maior parte dos sabões que nós conhecemos (quer industriais quer artesanais) são dos dois primeiros tipos. Esses dois métodos apenas variam na temperatura usada para se atingir a saponificação. No método "frio", apenas é usada a temperatura para derreter os óleos usados, sendo a saponificação obtida à temperatura ambiente e mais demorada; no método quente, a misture é exposta a uma temperatura entre 80 a 100ºC (mas sempre menos de 100ºC) para que a etapa de saponificação seja atingida em apenas algumas horas.
Consoante a base alcalina utilizada neste processo seja a soda ou a potassa, assim o sabão será mais duro ou mais brando. Mais soda produzirá um sabão mais duro mas mais difícil de dissolver, enquanto mais potassa originará um sabão mais brando e que dissolverá melhor, fazendo espuma mais facilmente (em teoria). Em qualquer dos casos, segue-se um processo de cura, refinação (ou não), etc, mas isso já são outros quinhentos.
Muitos sabões artesanais são deste tipo - Calani, JabonMan, Martin de Candre, Nanny's, só para colocar alguns exemplos. Muitos industriais também - praticamente todos aqueles sabões ingleses, franceses, italianos, etc., caem nestas categorias.
Depois há os tais de "melt-and-pour". Ora acontece que os "sabões" do tipo "melt-and-pour" não são propriamente sabões na verdadeira acepção da palavra - isto porque nenhum sabão é produzido no processo. Que quer isto dizer?
Bom, lá atrás, eu disse que um sabão era o resultado da reacção de saponificação de uma gordura por uma base alcalina. Nos de "melt-and-pour", isso não acontece. Nestes casos, a base (geralmente baseada em glicerina) é adquirida comercialmente. O artesão apenas derrete essa base, mistura-a com o aroma e com mais algum componente (um hidratante, corante, um agente para melhorar a espuma, etc), verte essa mistura ainda quente para um recipiente e
voilá - está o sabão feito.
Não que isso seja propriamente mau, mas geralmente os sabões de glicerina deste tipo nunca me fascinaram, exceptuando uma ou duas honrosas excepções.
Mas nesse caso específico, vemos que a base nem sequer tem a glicerina como o maior componente. Pelo contrário, vemos o seu substituto barato, o propilenoglicol. Além disso, vemos também uma grande quantidade de surfactantes (detergentes) - Sodium laureth sulfate, Sodium xylene sulfonate , Sodium lauryl sulfate - para potenciar a espuma, e ainda sorbitol para a tornar mais consistente. Um sabão bem formulado não precisa destes componentes para espumar bem.
Ou seja, olhando para essa lista, é natural o porquê de serem tão baratos.
Atenção que não estou a dizer nada acerca do seu desempenho. Até que podem funcionar bem, e este tipo de sabões tem decerto os seus apreciadores. Tanto detergente decerto produzirá espuma a rodos, e a glicerina e o propilenoglicol têm propriedades hidratantes e de deslize. Mas a mim, nunca me fascinaram, sempre preferi os sabões obtidos pelos métodos tradicionais, pois que me dão melhor resultado.
E tecnicamente, nem considero os "melt-and-pour" como sendo sabões na verdadeira acepção da palavra... (de)formação profissional, o que é que querem?

Cada maluco tem sua mania, e eu tenho esta...

Seria mais fácil talvez fazer-se um produto "caseiro" com ingredientes mais "caseiros" também, e provavelmente com melhores resultados. Bom mas de produção não percebo nada!
Pelo contrário, Madaíl: fazer um sabão pelo método tradicional (quer por saponificação a frio ou a quente) é bem mais complicado que um "melt-and-pour".
Obviamente que um sabão "melt-and-pour" é bem mais fácil de fazer. Para começar, não é preciso manusear substâncias cáusticas, com todo o cuidado adicional que isso acarreta. Mas chamar a isto um sabão "artesanal", "feito em casa" e etc e tal, é que já acho um pouco demais.
No fundo, é como se eu pegasse numa daquelas embalagens de litro de base para sopas, lhe juntasse umas ervilhas e depois vendesse a minha sopa como sendo caseira...

E desculpem lá este outro testamento...

Estás por aqui, Renato? 
Esse e o Capitão Vasco andam desaparecidos ultimamente... 
Tenho andado por fóruns mais informáticos porque preciso de fazer aquisições nesse sentido!
As últimas aquisições foram uma caixa Antec One, uma fonte XFX 750W, uma Asus HD 6850, colunas Logitech LS11, monitor Samsung LS23A700D e um SSD Samsung 830 64GB... aqui ficam um pouco off-topic! Assim que os Ivy Bridge saírem na próxima semana fica finalizado o bicho e já me posso dedicar a prazeres mais barbísticos, entretanto continuo a minha luta com o P.160 Tipo Duro que nest momento posso dizer que está a ganhar!

Belas aquisições pessoal, a minha carteira neste momento sente saudades dos tempos em que um sabão de 30 euros era considerado caro! 
Aleluia! Um deles já apareceu!!
