Obrigado. ...E está a bom preço.
É verdade... há zonas bastante subvalorizadas.As zonas de Lisboa e Tejo (antigamente Estremadura e Ribatejo) eram antigamente associadas a produções a granel de vinhos de fraca valia que abasteciam as tabernas de Lisboa... hoje em dia modernizaram-se, produzem vinhos excelentes que até são premiados em concursos internacionais, mas a má fama ainda perdura nalgumas cabeças. A Bairrada anda totalmente afastada das modas consumistas... vai-se a um supermercdo e muitas vezes é uma região que prima pela ausência nas prateleiras. É associada geralmente ou a espumante ou a vinhos "difíceis" e carregados, cheios de taninos, mas também produz óptimos vinhos com perfil mais contemporâneo e fáceis de beber e de gostar.Dão, muitas vezes, também prima pela escassez nos supers, vá-se lá saber porquê... é uma região com vinhos excelentes. E já nem falo nas Beiras...Muitas vezes vai-se a um restaurante, e quando se pede um vinho, lá vem a pergunta: "Alentejo ou Douro?" - como se não existisse mais nada... São modas...
Bem, se eu escrever que as minhas zonas favoritas são algumas que citaste (Lisboa e Beiras), podem pensar "este gajo não percebe nada de vinhos ". Mas claro que os vinhos estão sempre a evoluir e os gostos tambem...
Só se for a malta que não perceber uma charuto do assunto, quem conhece os vinhos das regiões que citas conhece a qualidade dos vinhos que lá são produzidos.Eu particularmente, gosto especialmente de vinhos da Bairrada, Dão, Tejo e Setúbal! Também gosto de vinhos do Alentejo e Douro Na verdade, eu não sou muito esquisito, desde que o vinho seja bom Confesso que não conheço praticamente nada da região do Algarve, algo a estudar...
...............Por exemplo a região do Alentejo tem grandes vinhos, uma infinidade de produtores que inundam o mercado nacional (vai-se a um supermercado e esta região ocupa logo mais de metade da área - muitas vezes com vinhos muito parecidos uns com os outros ) mas também tem alguns vinhos demasiado adocicados que são verdadeiras "xaropadas" e que são produzidos de modo a ir de encontro a uma certa faixa de público. ...............
Lembrei de algo interessante... Há muitos anos (põe muitos nisso...) o vinho do porto da marca Adriano Ramos Pinto, costumava mandar de brinde um APARELHO DE BARBEAR D.E. ... Meu avô tinha um desses. Quem fabricava??? Sinceramente não sei... Mas vinha escrito Adriano Ramos Pinto. Curiosamente, tinha um cabo extremamente curto (não devia passar de 30 mm de comprimento...).
Também aprecio bastante os Vinhos do Porto e o Moscatel de Setúbal. Tenho sempre em casa. Mas são vinhos de natureza diferente... são vinhos fortificados, licorosos, doces por natureza. Óptimos para aperitivo ou para a sobremesa (ou para beber só porque sim ) mas com teor de açucar elevado, não estão pensados para acompanhar uma refeição, por exemplo, como os chamados vinhos de mesa.O meu apontamento vem no sentido de que, certos vinhos de mesa, especialmente brancos, tem um teor de açucar residual acima do normal, de forma a agradar a algumas faixas de público, especialmente o feminino. É uma moda que tem aparecido em algumas regiões, como o Alentejo... e não, não estou a falar de vinhos licorosos ou de Colheitas Tardias, mas sim de vinhos supostamente de mesa, mas que depois resultam tão doces que não combinam com quase comida nenhuma, de tão enjoativos que são ...mas pronto, é o que o público pede, uma questão de modas, talvez...Mas não estou aqui a depreciar os vinhos do Alentejo, é uma região que tem também muitos e bons vinhos que gosto muito. Foi apenas um exemplo. Já agora, uma dica acerca de Tawnies e Moscatéis (de Setúbal ou do Douro): experimente colocá-los no frigorífico ou geladeira... verá que sabem muito melhor! Aqui em Portugal têm o mau hábito de servir esses vinhos (já nem falo dos tintos ) à temperatura ambiente, o que é uma pena... resultam muito melhor se estiverem a uma temperatura mais baixa.Eis um extracto do livro Vinhos de Portugal 2014, de João Paulo Martins:E se gosta de tawnies, experimente um bom Madeira (das variedades Boal ou Malvasia - Verdelho e Sercial são vinhos mais secos e com menos doçura), isto se os conseguir apanhar, que os bons vinhos da Madeira até aqui em Portugal continental não são fáceis de encontrar! Isso é que eram bons tempos! A Ramos Pinto ainda existe, e continua a produzir bons vinhos do Porto e do Douro (o Duas Quntas, por exemplo).
Não se esqueçam da ginginha...
Também tem o seu lugar, mas... não é vinho! É um "parente"