Aquilo que escrevi anteriormente ja não se aplica a 100%. O terceiro escanhoado correu bastante melhor que os dois precedentes: a espuma ficou razoavelmente menos fofa, o que proporcionou um melhor acolchoamento. Muito provavelmente este MR nunca vai fazer espuma tão abondante como o Tabac ou o MWF, mas a propriedade que eu mais procuro num sabão não é tanto a quantidade da espuma mas sim a elasticidade da mesma. Parece que este MR melhora com uso continuado: o essencial é não molhar (ou salpicar) o sabão antes de o atacar com o pincel (bem escorrido).
Quote from: Captain Flint on August 05, 2012, 07:03:07 pmAquilo que escrevi anteriormente ja não se aplica a 100%. O terceiro escanhoado correu bastante melhor que os dois precedentes: a espuma ficou razoavelmente menos fofa, o que proporcionou um melhor acolchoamento. Muito provavelmente este MR nunca vai fazer espuma tão abondante como o Tabac ou o MWF, mas a propriedade que eu mais procuro num sabão não é tanto a quantidade da espuma mas sim a elasticidade da mesma. Parece que este MR melhora com uso continuado: o essencial é não molhar (ou salpicar) o sabão antes de o atacar com o pincel (bem escorrido). Pois... eu também só à terceira é que consegui algo desse sabão...Muito pouca água parece ser o segredo - a tua experiência parece ser muito semelhante à minha, Vasco.
Ainda hoje falava à minha cara-metade sobre isso: até parece que este pessoal perdeu o know-how antigo na arte de fabricar sabões de barbear. O stick vintage que o Islander descobriu na Madeira ha ano e meio atras encontra-se a léguas de distância deste "sabonete". Como ja quase ninguém faz a barba com sabões, eles provavelmente não obtiveram um feedback correcto da nova formulação.
Quote from: Captain Flint on August 05, 2012, 09:22:27 amAinda hoje falava à minha cara-metade sobre isso: até parece que este pessoal perdeu o know-how antigo na arte de fabricar sabões de barbear. O stick vintage que o Islander descobriu na Madeira ha ano e meio atras encontra-se a léguas de distância deste "sabonete". Como ja quase ninguém faz a barba com sabões, eles provavelmente não obtiveram um feedback correcto da nova formulação.Vasco, receio que não haja ninguém na Ach Brito que saiba fazer um sabão de barbear.A pessoa que mais sabia disso saiu há muitos anos. Tive o prazer de falar com ele algumas vezes e contava-me como era "antigamente" na fábrica ainda no Porto. Deitavam o sebo para tinas enormes, era um "cheirete" e fazia-se uma "porcaria", mas a verdade é que o resultado final era suberbo, como sabemos pelo stick que o nosso caro Islander descobriu...
Oh Leon, eu nada sei sobre indústria se sabões nem como isso funcionava na época, mas como falaste com pessoal técnico da época...Existem dossiers de fabrico. Na altura não eram usados? Todos os produtos desenvolvidos e produzidos devem ser documentados para que em qualquer altura possam ser fabricados de novo. Digo isto porque na indústria metalomecânica existem as fichas de fase, gamas de maquinagem...enfim elas integram o dossier de fabrico, onde se encontram todos os procedimentos a realizar e máquinas necessárias. É a receita.Nos sabões não existia isso? Será que atualmente existe? Creio que é uma falha grave a nível de gestão industrial caso isso não se verifique...
E existir teriam ido buscar a do stick e reproduziam-no exactamente em formato sabão...Para quê investir em R&D quando temos a receita?
"In a perfect world" o MO de cada produto estaria disponível e quando fosse necessário bastaria apenas abrir o "Receituário" e reproduzir qualquer artigo que se quisesse, sempre com as mesmas quantidades de matérias-primas e resultado final.Como já se passaram várias décadas desde esse artigo não me espantava nada que a "ficha de produto" (neste e noutros produtos) se tivesse perdido e já nada exista nos arquivos.E existir teriam ido buscar a do stick e reproduziam-no exactamente em formato sabão...Para quê investir em R&D quando temos a receita?